Um lado que vive no escuro
Desperta branco e puro
E me seca!
Um lado que vive na luz
Adormece negro e insosso
Cansado de tanta cruz!
O torpor e a lucidez
Se amam alucinadamente
E me invadem com furor fulgaz!
Tenho medo!
Medo dos pobres mortais que nada sabem...
Medo de que a vida seja menor
Diante da intensidade tola!
Não quero saber de nada
É noite...
E eu estou na espreita
Esperando uma alvorada que não existe
É pura alucinação!
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