Cheira tudo que se move ... Olha tudo que perfuma... E come tudo que sente! Sem digerir nada! Bebe litros de culpa, e depois... Vomita! Até livrar-se por completo do mal estar! Amaranta já encontrou o seu lugar no mundo, e o seu lugar em si mesma, que é fora de si!



terça-feira, 28 de junho de 2011

Nada!

Alguém para assoprar o pavio
E cessar de arder!
Chama ruim, que me chama
Me inflama
E eu pensando em morrer

De tédio, de solidão...

Na ausência, o meu próprio" não" me consola!
Porque tenho habitado o mundo assim...
Pelas beiradas
Sem fotografias guardadas
Sem decorar os conceitos que me ensinaram na escola!

Um passo pelo pé no chão e só!
Nada além de terra!
Nada além de areia!

Nada!
Essa palavra estranha
Que tudo define
Mora em mim!
Nada!

Fio de vida enroscado em qualquer teia
Nada!
Não há o que tecer...
Nada!

Recolho minhas migalhas
Enquanto o mundo me assiste comendo pipoca!
Vou juntando os restinhos... as sobrinhas...
Colocando em potinhos vazios cheios de...
Nada não!

Sinto uma vontade tão grande de ir embora, sabia?
Um ranger de dentes assombroso ecoando no que tenho de mais profundo...
Arrastando correntes...
Bem onde antes, a menina dançava...
Agora... Nada!

Grito!
Grito de gente mesmo
Como se fosse bicho!
Um grito!

Gritar é sonorizar o desespero!
É emprestar a voz ao peito doente de dor...

Passou diante dos meus olhos
Em vôo razante alguma especie de cor escura...
Tinha cheiro...
E fazia um som estridente...
Foi um grito! Meu grito!
Mas não se preocupem
Não é nada não...
Apenas um gemido alto e descontente!

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