Cheira tudo que se move ... Olha tudo que perfuma... E come tudo que sente! Sem digerir nada! Bebe litros de culpa, e depois... Vomita! Até livrar-se por completo do mal estar! Amaranta já encontrou o seu lugar no mundo, e o seu lugar em si mesma, que é fora de si!



terça-feira, 28 de junho de 2011

Buracos

E quando o frio corta?
Quando a sonata é insône?
Quando a pele fina é pele morta?
Quando a dor já não tem nome?

Se os sinos param, e as igrejas vencem mesmo assim
Com seus rebanhos, seus horários de tosa e banho?
Se a inquietude for manipulada em farmácia?
Se essa raiz quiser ser copa nas acácias?

Pensa no que não incomoda e não dói!
No que não se pensa e não se diz!
No que permanece, no que não constrói
Nos tratados milionários escritos a giz!
( E eu que nem sei se gostaria de tratar as coisas com esses preços absurdos! )

Pensa na palavra coisa
E se ela perde proporção?
onde guardar o coração
De todas essas coisas
Que ficaram para abrigar em mim?
Que sou frágil ser, insubstancialvel
De um buraco sem fim!

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