E quando o frio corta?
Quando a sonata é insône?
Quando a pele fina é pele morta?
Quando a dor já não tem nome?
Se os sinos param, e as igrejas vencem mesmo assim
Com seus rebanhos, seus horários de tosa e banho?
Se a inquietude for manipulada em farmácia?
Se essa raiz quiser ser copa nas acácias?
Pensa no que não incomoda e não dói!
No que não se pensa e não se diz!
No que permanece, no que não constrói
Nos tratados milionários escritos a giz!
( E eu que nem sei se gostaria de tratar as coisas com esses preços absurdos! )
Pensa na palavra coisa
E se ela perde proporção?
onde guardar o coração
De todas essas coisas
Que ficaram para abrigar em mim?
Que sou frágil ser, insubstancialvel
De um buraco sem fim!
Nenhum comentário:
Postar um comentário