Cheira tudo que se move ... Olha tudo que perfuma... E come tudo que sente! Sem digerir nada! Bebe litros de culpa, e depois... Vomita! Até livrar-se por completo do mal estar! Amaranta já encontrou o seu lugar no mundo, e o seu lugar em si mesma, que é fora de si!



terça-feira, 28 de junho de 2011

Devenho na escrita

Escrevo porque não sei o que fazer de mim, aí me desconstruo em palavrões e mando todo mundo ir tomar no cú!
Que é pra eu ficar com esse vazio todo só pra mim, e não ter que fazer de mim, nada, dentro do meu vazio interno!

Alguém pode me dar uma mão?
Vão pro inferno com seus pés!
Eu pedi uma mão e querem me pisar no que eu tenho de altura?

Sempre me pego cansada no fim da noite
Costurando sonhos feitos de seda que ninguém sabe que existem!
Ah! Se eu pudesse fazer deles um manto pesado
Entrava embaixo e morria sufocada em utopias doces
Porque hoje faz um frio dos diabos!

Escrevo porque do contrário entupia minhas artérias!
Com sangue coagulado evitando correr pelas veias
Por medo da velocidade absurda de meus impulsos febris!
Escrevo porque não aprendi ainda a fazer nenhuma outra coisa
Só sei escrever!
E hoje, pobres poetas, continuam pobres e poetas!

Na sarjeta, tive impressão de ler meu nome!
Não pode ser, porque ainda não cheguei lá!
Ilusão de ótica maldita!
Deve ser falta do que não ando fumando
Do que não ando bebendo
Do que não ando vivendo
Por assumir um compromisso sério demais!

Talvez, eu viaje!
E comece a escrever um livro de bordo e só!
Talvez, eu desapareça!
Poeira, pó, pinguinhos d'água...

Escrevo porque não sei porquê!
Só escrevo...
Como se fosse um vomitar anímico cheio de dor!

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