Cheira tudo que se move ... Olha tudo que perfuma... E come tudo que sente! Sem digerir nada! Bebe litros de culpa, e depois... Vomita! Até livrar-se por completo do mal estar! Amaranta já encontrou o seu lugar no mundo, e o seu lugar em si mesma, que é fora de si!



segunda-feira, 7 de março de 2011

Pássaro da chuva ou Vida de asas tristes

Atrás das nuvens espessas
Se esconde o cheiro das flores
Oculta-se um desejo de morte
Até a chuva cair e lavar a casa

Ainda assim, janelas abertas para o sol de um dia novo
Não é certeza de nenhuma manhã sozinha!
Não é garantia de nenhuma novidade risonha!

Rezam as mãos unidas
A procura da paz desbotada
Pelo sal dos olhos!

Lágrima é como estar honrada
Pelo véu das dores sagradas!
Lágrima é dor derretida de Mosé!
E quando presa, é câncer sim
E dói ainda mais!

Atrás de um vazio
De fundo negro
Eu encontro remanso
Em abraços amigos!

Não estou só em um mundo de milhões!
Eu sou milhões em um mundo sozinho!
E minha tristeza é mãe de pedra
Que não se parte em pedaçinhos de cascalho!

Sinto arder na pele
Certo ácido sulfúrico
Prognóstico de alívio
Insano e incompreensível
Daqueles que sofrem por sentirem demais!

Sim! Reconheço-me em cada célula sensível do meu corpo são!
Conjunto de micro-partes sentimentais que me formam
Cápsula protetora de myself!

Eu vi um pássaro solto!
Todo livre de gaiolas e viveiros
E chorei ao ver suas penas brilharem ao sol de meio de dia
Era a própria vida a tilintar colorida
Num vôo rasgante pelo céu da minha alma!

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