Considere-me um ser a parte!
A parte reversa do impulso que vai...
E a parte que fica, por pura teimosia.
Considere-me um objeto não identificável!
Que paira sobre os corações mais embebecidos
E pelos olhares mais distantes.
Me deixa ser um eterno estar
Que a tradição de distribuir rótulos aos pequenos mistérios
Me cansa e consome!
Permita-me a graça que tem o meu riso inócuo!
A beira da loucura...
Inventando riscos...
Se jogando aos poucos.
Quero ver os amores sendo feitos
Com intensidade elevada a raios precisos.
Um Voayare que assiste a tudo do quintal
E compartilha desse imenso prazer!
Me diga, mas não grite comigo!
Que meus ouvidos são sensíveis
A danos morais.
E é de praxe em meus procedimentos
A quebra de todos os dedos ristes.
Arrisque-se e aposte em mim!
Que eu costumo ganhar sempre
Que a batalha é rotineira.
Porque tenho a dádiva do inesperado
Na habilidade dos meus gestos.
Não me julgue, não me amole!
Não se canse, me engole!
A goles secos, se necessário for!
Caso não tenha nos olhos duros, a película captadora das grandes almas...
Porque eu tenho o mar em mim!
Tenho sim!
E é por isso que eu balanço!
Por isso o meu chão é torto!
E é por isso que eu vivo afogada!
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