Eu não acredito no amor!
Não nesses amores que falam as línguas alheias
Querendo meter os bedelhos em sentimentos inomináveis
Como se anjos fossem feitos de plástico!
Eu , que nunca amei ninguém ao ponto de querer pra mim...
Eu, que não sei receber sem me doar por inteira...
Eu, que ninguém sabe, mas que choro por amor...
E que de tantos amores, morro afogada...
Eu que de amar, esqueci de mim!
Mas que me reencontro em cada carícia de boca!
E em cada pedaço de peito rasgado
Me sinto Afrodite com linhas e agulhas!
Em cada toque ousado, me tocam mais os veludos azuis!
E que nos sussurros que eu ouço
Metais incríveis me avançam pelos ouvidos!
Mas não acredito no amor!
Não esse amor de contos-de-fada e novelas!
Esconderia o sapato de qualquer Cinderela
Que me venha falar de príncipes Canastrões!
Eu gosto mesmo é dos lôbos
Que uivam pra lua
E escrevem poemas!
Não amo pelas promessas...
E nem faço tratados de amor!
Desço as escadas dos encontros fortuitos
E me deparo com corações acelerados
E com a ausência dos calendários!
Pouco me importa que horas são...
Pouco me importa a durabilidade do tempo...
Eu amo sempre, no agora!
E quando acaba...
Eu guardo um sorriso entre as lágrimas
E a Vênus em mim
Dá logo um jeitinho de amar de novo!
Um amor que não se prende as armadilhas terrenas
Por ser divino e imcompreensível demais
Para os humanos que não se permitem o torpor
Dessa bebida sagrada e inebriante
Que indignamente chamam de Amor!
( Por ser banalizado demais... Amor é palavra que não me cabe mais! )
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