Cheira tudo que se move ... Olha tudo que perfuma... E come tudo que sente! Sem digerir nada! Bebe litros de culpa, e depois... Vomita! Até livrar-se por completo do mal estar! Amaranta já encontrou o seu lugar no mundo, e o seu lugar em si mesma, que é fora de si!



segunda-feira, 7 de março de 2011

Eu não acredito no amor

Eu não acredito no amor!
Não nesses amores que falam as línguas alheias
Querendo meter os bedelhos em sentimentos inomináveis
Como se anjos fossem feitos de plástico!

Eu , que nunca amei ninguém ao ponto de querer pra mim...
Eu, que não sei receber sem me doar por inteira...
Eu, que ninguém sabe, mas que choro por amor...
E que de tantos amores, morro afogada...
Eu que de amar, esqueci de mim!

Mas que me reencontro em cada carícia de boca!
E em cada pedaço de peito rasgado
Me sinto Afrodite com linhas e agulhas!
Em cada toque ousado, me tocam mais os veludos azuis!
E que nos sussurros que eu ouço
Metais incríveis me avançam pelos ouvidos!

Mas não acredito no amor!
Não esse amor de contos-de-fada e novelas!
Esconderia o sapato de qualquer Cinderela
Que me venha falar de príncipes Canastrões!

Eu gosto mesmo é dos lôbos
Que uivam pra lua
E escrevem poemas!

Não amo pelas promessas...
E nem faço tratados de amor!

Desço as escadas dos encontros fortuitos
E me deparo com corações acelerados
E com a ausência dos calendários!

Pouco me importa que horas são...
Pouco me importa a durabilidade do tempo...
Eu amo sempre, no agora!

E quando acaba...
Eu guardo um sorriso entre as lágrimas
E a Vênus em mim
Dá logo um jeitinho de amar de novo!

Um amor que não se prende as armadilhas terrenas
Por ser divino e imcompreensível demais
Para os humanos que não se permitem o torpor
Dessa bebida sagrada e inebriante
Que indignamente chamam de Amor!
( Por ser banalizado demais... Amor é palavra que não me cabe mais! )

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