Peguei emprestado um corpo que é torto e dói
São lâminas, giletes, navalhas, que o corpo constrói!
E o ácido que corre
Deforma!
E a fome que mato
Retorna!
O corpo que habito no mundo é de chumbo e pesa
Não crê, não enxerga, não ora e nem reza
E a lucidez que escorre
Enjoa!
A lágrima entornada
Garoa!
Com o corpo eu me sento ao relento esperando por nada
Sem banco, sofá, poltrona, ou arquibancada
E o jogo que jogo
Acabou!
E alma do corpo
Zerou!
Arrasto esse corpo por mundos sem fundos de mim
Quem sabe, talvez, ou não, pudera ser sim
E as respostas que dou
Não valem!
E as feridas que restam
Só ardem!
E os olhos do corpo se cerram...
E os dedos do corpo se movem...
E o sangue do corpo ferve...
E o corpo que falo não serve...
Por ser triste demais!
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