Cheira tudo que se move ... Olha tudo que perfuma... E come tudo que sente! Sem digerir nada! Bebe litros de culpa, e depois... Vomita! Até livrar-se por completo do mal estar! Amaranta já encontrou o seu lugar no mundo, e o seu lugar em si mesma, que é fora de si!



quarta-feira, 2 de março de 2011

O corpo!

Peguei emprestado um corpo que é torto e dói

São lâminas, giletes, navalhas, que o corpo constrói!

E o ácido que corre

Deforma!

E a fome que mato

Retorna!



O corpo que habito no mundo é de chumbo e pesa

Não crê, não enxerga, não ora e nem reza

E a lucidez que escorre

Enjoa!

A lágrima entornada

Garoa!



Com o corpo eu me sento ao relento esperando por nada

Sem banco, sofá, poltrona, ou arquibancada

E o jogo que jogo

Acabou!

E alma do corpo

Zerou!



Arrasto esse corpo por mundos sem fundos de mim

Quem sabe, talvez, ou não, pudera ser sim

E as respostas que dou

Não valem!

E as feridas que restam

Só ardem!



E os olhos do corpo se cerram...

E os dedos do corpo se movem...

E o sangue do corpo ferve...

E o corpo que falo não serve...



Por ser triste demais!

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