Cheira tudo que se move ... Olha tudo que perfuma... E come tudo que sente! Sem digerir nada! Bebe litros de culpa, e depois... Vomita! Até livrar-se por completo do mal estar! Amaranta já encontrou o seu lugar no mundo, e o seu lugar em si mesma, que é fora de si!



segunda-feira, 7 de março de 2011

Flor de ti

Molda-me de barro!
Salienta-me o sal!
Arranca o meu doce em um cuspir de vespas e marimbondos!
E me atinge!

E me toca!
E me comove!

Assiste ao longe o meu desabrochar!
Vez ou outra me orna deusa
Despedaçando-me pétalas com prazer!

Mas o prazer é meu!
Prazer de um agrado ao inverso!
Mas ainda assim: - Prazer!

Meu diploma é líquido
Beija-me os lábios e escorre até o pescoço!
Mas o aprendizado é sólido e certo
Como as rochas o são!

Cola-me figuras interessantes
De bailarinas e suas primeiras posições
Que detesto!
Ponta dos pés não é pra mim
Que sinto-me baixa!

Queres de mim ser forte
Ser de metal reluzente
Certo ácido corrosivo
De auto-defesa e afirmação!

Mas não!
Eu sou lágrima sentida!
Dor desmedida!
Película de vidro!
Uma espécie rara de flor que se encolhe no verão!

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