
Coluna curvada, braços cruzados, testa franzida, olhar fugidio...
Sintoma de medo? Resquício do frio?
Condicionada aos potes de margarina! - Disseram!
Não! - Gritei!
Eu pensei em não criar expectativas...
Eu pensei em experimentar somente...
Eu pensei que talvez...
Eu pudesse pensar melhor!
Mas não podia.
Eu tive que morrer!
*******
Notas de Amaranta sobre o poema cuspido:
- Muito natural que os hábitos e os costumes se cristalizem, são sempre os mesmos são sempre os mesmos são sempre os mesmos são sempre os mesmos (...)
Quando pensei em pensar mais sobre o assunto e o tormento que me causavam aquelas coisas pelas quais eu não gostaria de constatar que faziam parte de mim (mas faziam), concluí que havia me afeiçoado à elas. E pensar em perdê-las de mim, era tão doloroso quanto assumí-las enquanto parte do que me forma. Elas me afetavam, me estimulavam a reagir, me interferiam, e mesmo que isso me arrastasse até o lamaçal do sofrimento, a minha vontade e o meu desejo estavam nas mesmas coisas que me deixavam sem possibilidades de estar feliz. Eu fui esmorecendo, aos poucos. Primeiro perdi a cor dos olhos, depois, passei a nem sequer olhar mais. Corpo triste! Desesperado! Começou a gritar. Compreendi por fim, que o sentimento de tristeza, em algumas situações é um indicativo de caminho errado, contra-mão! Há de se fazer o retorno. Mas se não é possível por apego demais, a palavra é: - MORTE! Amaranta decide morrer! Entrego o meu corpo e a minha alma à sagração do meu dever para comigo! E morro! Que é para reluzir Fênix em mim. Quando acordar eu serei uma outra...
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